sábado, 14 de maio de 2011

Leão vs Tigre. Tigres ganhariam 80% das brigas com os leões

Tigres ganhariam 80% das brigas com os leões



Este artigo é bom, não há dúvida sobre isso, mas eu gostaria de dizer que, levando em consideração o peso médio do leão e do tigre seria melhor compararmos os dois.

O Leão Africano tem cerca de 180-190 kg e o a média do Tigre de Bengala tem média de 220-235 kg. A subespécie de tigre siberiano é mais pesada, com cerca de 250 kg, sendo isto uma média.

Também neste artigo, o tamanho médio de ambos os animais não foram levados em consideração que é aproximadamente (incluindo a cauda) para o leão Africano Macho de 1,72 a 2,50 metros ; tigre de Bengala: 1.4m a 2.8m e os tigres siberianos que podem chegar a 2,8 m de comprimento e mais 1 metro de cauda.

Animais de pesagem e medição acima desta marca têm sido encontrados, mas normalmente eles são raros para os tigres exemplo pesando acima de 300 kg são excepcionalmente raros, a provável razão de ser do aquecimento global.

Leões são geralmente mais altos do que os tigres de Bengala no ombro, em média, cerca de 1-2 polegadas, mas siberianos são quase iguais, neste caso, podendo mesmo ultrapassar os leões. Leões Africano tem aproximadamente 42-43 cm de altura no ombro. Os de Bengala têm geralmente 40-42 polegadas e siberianos atingem cerca de 43-44 cm, em média.


Também os estudos recentes mostram que os tigres de Bengala, em média, podem compensar os tigres siberianos. Os melhores exemplos são os tigres de Bengala do Parque Nacional de Kaziranga na Índia, onde, em média, pesam cerca de mias 245 kg. Os tigres siberianos estão cada vez mais curtos hoje em dia, devido à escassez de alimentos e o aquecimento global.

Você também deve considerar fatores como agilidade e esperteza e as técnicas de luta de ambos os animais. Leões geralmente avançam cegamente, mas os tigres têm uma estratégia planejada. Os tigres podem também se esquivar de ataques. Os tigres são muito ágeis e também mais velozes do que os leões. Os tigres são mais musculoso e até mesmo os tigres pound-for-pound têm mais resistência e velocidade.


É verdade que os leões têm mais experiência de combate, mas os tigres têm experiência de combate a animais maiores, como o urso pardo na Sibéria e, raramente rinocerontes.

Tigres também agarram um presa maior de forma independente. Somente alguns casos são conhecidos quando leões machos derrubaram um grande manto de búfalo, mas os tigres caçam gaur (bisão indiano, um grande bovino nativo do sul da Ásia) quase regularmente são as maiores espécies de animais silvestres, maior do que qualquer capa de búfalo.

Leões desfrutam de uma vantagem psicológica sobre muitos animais, que é a juba que faz com que pareça muito maior do que realmente é, mas no caso do tigre isso não ajuda tanto quanto com os tigres que são conhecidos por lutar animais maiores.

A juba também oferece proteção para o leão e que é a razão pela qual os leões são mortos mais em disputas territoriais que os tigres. Mas como eu disse tigres lutam contra o endolente urso marrom e também são conhecidos por matá-los e comê-los que têm cabelos longos e pele mais espessa do que os leões.

Os tigres têm maior cavidade craniana que os leões para comportar seus cérebros e eles também foram considerados mais inteligentes. Este também é um fator determinante. Um tigre vive sozinho por isso se torna difícil para ele caçar quando ferido, pois geralmente evita lutar com um leão. Mas o tigre se dispóe certamente a lutar até a morte, não vai recuar.

Assim, gostaria de concluir que os tigres podem ganhar em 80% as lutas com os leões.

Leão vs Tiger: Em algumas ocasiões no passado, os leões foram obrigados a lutar contra tigres. Isso serviu para espetáculos. Em um caráter mais informal e muito menos séria, no Zoológico do Bronx em 1950 um filhote de leão chamado Zambeze e um tigre jovem chamado Range que foram criados juntos lutaram ocasionalmente e Range sempre ganhou por ser um lutador inteligente e melhor.

Na época dos ricos jardins zoológicos europeus e dos reis (idade média e além), os leões foram, por vezes, colocados em espetáculos para combater tigres. Dizem-nos que, "aparentemente, os tigres ganharam sempre ...."

As batalhas entre os dois foram pintados no séculos 18 e 19 de Eugene Delacroix , George Stubbs e James Ward. Pinturas de Ward retratam vitórias do leão, em conformidade com o simbólico valor de leão na Grã-Bretanha, que têm sido descritas como menos realista do que Stubbs. Os britânicos mostram na medalha de Seringapatam um leão derrotando um tigre em uma batalha, uma bandeira árabe sobre a medalha exibe as palavras "ASAD ALLAH AL-Ghalib" (o leão de Deus é o conquistador). A medalha comemora a vitória britânica em 1799 na Batalha de Seringapatam contra o sultão Tipu - que usava como emblemas tigres - em oposição ao uso emblemático britânico dos leões.


Em setembro de 2010, um tigre em Ancara Zoo entrou no recinto do leão e matou um leão adulto. "O tigre cortou a veia jugular do leão em um único golpe com a pata, deixando o animal morrer em uma poça de sangue, disseram autoridades . "Em 2004, um leão derrotou um tigre em uma disputa sobre o acesso a uma piscina em um zoológico chinês, mas não matou o tigre. Por isso, é seguro dizer que os gatos têm ocasionalmente dominado o outro quando eles se encontraram em cativeiro.


(Sunquist - Wild Cats Of The World, página 287 - o livro mais importante sobre os Wildcats)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Gatos 'cercam' pescadores à espera de peixe fresco na Líbia

Gatos 'cercam' pescadores à espera de peixe fresco na Líbia
Cena ocorreu em Benghazi, no leste do país africano.
Flagrante foi feito pelo fotógrafo Rodrigo Abd.


Gatos rondam pescadores à espera de peixes na cidade líbia de Benghazi, no leste do país. O flagrante engraçado, em meio à crise política que castiga a Líbia, foi feito pelo fotógrafo Rodrigo Abd. (Foto: AP)


Do G1, com AP

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Forte calor no Paquistão faz crianças dividirem rio com 'família' de búfalos

Forte calor no Paquistão faz crianças dividirem rio com 'família' de búfalos

Cena foi flagrada na cidade de Rawalpindi.
Crianças dividem espaço com animais para fugir do calor.

imprimir Crianças paquistanesas foram flagradas nadando com búfalos nesta quinta-feira (12) em Rawalpindi, no Paquistão. Para se refrescar e fugir do calor do verão, os adolescentes acabam dividindo espaço com os animais.
Adolescente mergulha próximo a um búfalo em Rawalpindi. (Foto: B.K.Bangash/AP)

Crianças nadam em rio ao lado de búfalos no Paquistão. (Foto: B.K.Bangash/AP)


Do G1, em São Paulo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

boi invade loja de roupas no interior de SP

Após acidente, boi invade loja de roupas no interior de SP
Animal escapou quando caminhão tombou em São José do Rio Preto.
Ele ficou parado na porta do estabelecimento.

Um caminhão carregado com bois tombou na tarde desta quarta-feira (11), na Rodovia Assis Chateaubriand, que liga São José do Rio Preto a Guapiaçu, cidades no interior de São Paulo. Vários animais ficaram soltos na pista. Um deles correu pela estrada, entrou na área urbana de São José do Rio Preto e invadiu uma loja de roupas.

O animal ficou próximo da porta de entrada do estabelecimento. Um funcionário ficou dentro da loja, à espera de socorro.

No início da noite, um grupo de peões se aproximou para fazer a retirada, mas o boi quebrou o vidro da vitrine e escapou. Ele foi laçado e dominado alguns metros à frente.

Depois do acidente, alguns animais foram atropelados e um grande congestionamento se formou na rodovia. O motorista do caminhão foi retirado das ferragens e encaminhado ao Hospital de Base de Rio Preto, mas morreu.

G1

Qual é o animal que tem a maior boca?

O hipopótamo tem uma boca enorme. "Quando se sente ameaçado, ele mostra os dentes para o predador, e assim o bicho sai de perto
O hipopótamo tem a maior boca entre os animais terrestres. É herbívoro e come 80 kg de vegetais por dia. Tem quatro caninos bem grandões, com até 60 cm no macho e 30 cm na fêmea, que servem como arma de defesa; os demais dentes são achatados para facilitar a mastigação.

Vive em bandos, com um macho dominador e 15 fêmeas (namora com todas). Quando outro se aproxima, o dono do território mostra os dentes para espantá-lo. Só ataca quando se sente ameaçado. É o animal que mais mata humanos.

Vive próximo de rios, onde fica imerso e até dorme. O corpo elimina substância vermelha, como se fosse suor, para criar barreira contra os raios solares, pois a pele tem poucos pelos e é muito sensível. Por isso, alimenta-se no final da tarde e à noite, quando não está tão calor.

O corpo do hipopótamo é muito adaptado ao seu modo de vida, o que é essencial para sua sobrevivência. Na água, é muito rápido, conseguindo até lutar contra crocodilos enquanto está submerso. Em terra, pode correr a mais de 50 km/h.

O macho adulto pesa quase 4.000 kg e a fêmea 2.500 kg. É um dos maiores mamíferos terrestres, atrás do elefante e do rinoceronte. A fêmea tem um filhote por gestação, que dura oito meses. O bebê pesa 50 kg.

Baleia é a campeã no mar
Entre os animais marinhos, a baleia- azul (que não é azul, é cinza-azulada) é dona da maior boca. Dentro dela, caberia um hipopótamo! Só a língua pesa 3.000 kg. No entanto, sua garganta é muito pequena, por isso não consegue engolir alimentos grandes. Da mesma forma que outras baleias, alimenta-se de pequenos peixes e outros animais marinhos. No lugar de dentes, tem uma espécie de peneira (chamada cerdas bucais) por onde passa a comida. É o maior animal do planeta, com até 34 m e 150 mil kg.

Ela é uma das 17 espécies conhecidas de baleia. Dessas, oito visitam o Brasil, inclusive a azul, mas é raro vê-las porque vivem em alto mar, longe da praia, onde a água é mais fria. Os sons que emite podem viajar até 160 quilômetros, o que permite a comunicação com as mais distantes.

Há quem confunda baleia com orca, mas são diferentes. Pertencem à mesma ordem, a dos cetáceos (mamíferos marinhos). O grupo se divide em dois, o que tem dentes, como orca e golfinho, e o dos desdentados, como baleia, que tem cerdas bucais. Essa é a maior diferença entre elas.

Outros bicudos
Tamanho não é documento! Pelo menos entre alguns bichos. Confira:
O sapo, apesar de pequeno, tem boca larga e grandona para que possa devorar insetos grandes, quase do seu tamanho. Na hora do rango, solta a língua para capturá-lo.

A cobra consegue engolir o que é três vezes e meia maior do que o tamanho da abertura da sua boca. Assim, a sucuri, maior cobra brasileira, pode comer um cão ou filhote de boi. Isso porque os ossos da cabeça são móveis, permitindo abrir a boca em até 150º (o humano só consegue 40º). Como a digestão é lenta, passa muito tempo sem se alimentar.

Jacaré e crocodilo têm bocona, mas a diferença está nos dentes, que são adaptados para dilacerar a presa, já que não mastigam. Quando perdem um dente, nasce outro no lugar.
Felinos, como leão e tigre, não têm boca tão grande, mas seus dentes pontiagudos e afiados ajudam a cortar a presa que caçam.

dgabc.com.br

Principais doenças que acometem cães e gatos‎ são apontadas em estudo inédito

Um estudo inédito realizado durante 2,1 milhões de atendimentos clínicos de cães e cerca de 450 mil gatos em 770 hospitais veterinários de 43 estados norte-americanos identificou as doenças corriqueiras que estão afetando os animais de estimação nos últimos anos.

“Por meio do nosso compromisso em oferecer um mundo melhor para os pets, queremos utilizar o nosso conhecimento para ajudar os veterinários e donos a cuidarem de seus animais, além de sensibilizar para os problemas de saúde que afetam cães e gatos.”, explica Jeffrey Klausner, diretor-médico do Banfield Pet Hospital, empresa da Mars, responsável pelo levantamento.

Entre os principais diagnósticos registrados em pets estão:

Diabetes- desde 2006, tem havido um aumento de 32% de diabetes canina e um aumento de 16% de casos em felinos;

Dirofilariose- a doença parasitária que afeta os corações dos cães é um dos três maiores riscos de saúde para animais no sul dos Estados Unidos;

Problemas dentários – a doença mais comum entre cães e gatos, afetando 68% dos gatos e 78% dos cães com idade superior a 3 anos. A doença dentária tem sido associada a alterações no fígado, rins e funções cardíacas;

Otite externa (infecção do ouvido) – a segunda doença mais comum tem tido um aumento de 9,4% em cães e um aumento de 34% em gatos desde 2006;

Pulgas e Carrapatos- a proporção de infestação de pulgas aumentou 16% em cães e gatos em 12% nos últimos cinco anos;

Parasitas internos – lombrigas, tênias e solitárias podem ser transmitidas para os seres humanos. Ascarídeos, ancilostomídeos e nematódeos têm aumentado em gatos desde 2006, enquanto ancilostomídeos e nematódeos têm crescido na população canina.

A a médica veterinária Cristiane Astrini, diretora da Call Vet Clínica Veterinária, esclarece como prevenir e detectar algumas das doenças apontadas no estudo americano visando melhorar a qualidade e aumentar a expectativa de vida de cães e gatos brasileiros.

* Diabetes

Prevenção: evitar a obesidade em cães e gatos, que é um fator predisponente; evitar que os animais consumam uma dieta rica em lipídeos e açúcares;

Sintomas: forma simples de detectar o diabetes é observando a presença de formigas no local onde o animal urinou, o que sugere a presença de glicose na urina. Pode-se também observar no animal os 4 Ps: poliúria ( urinar demais), polidipsia ( beber água de forma exagerada), polifagia ( desejo exagerado de comer) e perda repentina de peso sem motivo aparente, como restrição de alimento por exemplo.

Diagnóstico: Quando houver suspeita de Diabetes, o animal deverá ser levado ao médico veterinário para que um teste de glicemia de jejum seja feito. Devemos fazer a glicemia de jejum a cada 2 meses em animais com suspeita de Diabetes e em animais com o diabetes já diagnosticado o controle da glicemia deverá ser diário até ser estabilizado com o uso de insulina e mudança na alimentação. O manejo alimentar terá que ser alterado, mudando-se a ração para uma ração específica para animais diabéticos. Também, terá de ser estabelecido um tratamento a base de aplicações de insulina.

* Otite: é uma infecção no conduto auditivo, que pode ser causada por bactérias, fungos ou ácaros. Ela causa prurido, dor, vermelhidão, odor forte , produção exacerbada de cerúmen, que poderá estar com a coloração alterada.

Prevenção: animais com orelhas caídas são mais susceptíveis a otites. O animal deverá ser levado ao veterinário sempre que os sintomas acima forem observados, ou a cada 6 meses para consulta de rotina. Devemos sempre orientar as pessoas que dão banho no animal para proteger bem os ouvidos e não permitir que entre água nos condutos. Depois do banho os ouvidos devem ser secos com algodão.

Sintomas: o proprietário geralmente detecta essas alterações e percebe que seu cão balança as orelhas, e então o leva ao veterinário.

Diagnóstico: o clínico, através da otoscopia, que é a visualização do conduto auditivo com o uso do otoscópio, vai diagnosticar o problema. Exames complementares como a análise da secreção otológica poderão ser necessários para o diagnostico do tipo de otite que o animal apresenta. A partir daí um tratamento será instituido, com o uso de pomadas otológicas, soluções limpadoras de conduto auditivo e em casos mais graves medicação sistêmica.

* Dirofilariose: surge através da picada de um mosquito hospedeiro do agente patógeno. Esse mosquito se tornou hospedeiro picando outro cão contaminado. Essa doença pode ficar sem manifestar sintomas por longos períodos da vida do animal, a não ser que a infestação seja muito grande, causando assim uma insuficiência cardíaca.

Sintomas: o animal passa a ter então os sintomas dessa insuficiência, como cansaço, tosse, cianose ( mucosas de coloração azulada), ascite ( ou barriga d’água) e edema pulmonar em casos graves.

* Problemas dentários

Prevenção: a profilaxia deve ser feita através da escovação diária dos dentes, com o uso de creme dental próprio para animais, que pode ser deglutido porque não contem saponáceos e flúor, que poderão causar toxicidade nos animais. O uso de biscoitos e ossinhos que ajudam a limpar os dentes também é valido, mas não substitui a escovação. A cada 6 meses o animal deverá passar por uma consulta veterinária, onde o clínico vai examinar a cavidade oral e avaliar a necessidade ou não de uma limpeza.

Procedimentos: quando os cálculos dentários conhecidos vulgarmente como tártaro já se instalaram nos dentes, o que se deve fazer é o procedimento de raspagem, polimento e fluoração dos dentes. Esse procedimento deverá ser obrigatoriamente realizado sob o efeito de anestesia geral, pois em alguns pontos poderá ser doloroso e porque há a necessidade de acessar a face interna dos dentes, além dos dentes molares que ficam no fundo da cavidade oral. O animal acordado jamais permitirá a manipulação desses locais, prejudicando a qualidade do procedimento e levando a riscos de traumas na boca, uma vez que os instrumentos utilizados para a remoção do tártaro são afiados e pontiagudos. A raspagem poderá ser realizada com o uso de curetas ou com um aparelho de ultrassom.Ela visa remover as placas de tártaro. Depois, um polimento deverá ser realizado, no intuito de deixar a superfície do dente bem lisa, para dificultar a aderencia da placa bacteriana no dente novamente. Por fim, um banho de flúor é aplicado nos dentes.

*Pulgas e Carrapatos : animais que frequentam a rua ou locais com aglomeração de outros animais estão mais susceptíveis a adquirir pulgas e carrapatos. Por isso, o uso de ectoparasiticidas deve ser feito de forma regular, uma vez ao mês. Além disso, sabe-se que quando há uma infestação, apenas o tratamento do animal não é o suficiente. Devemos tratar também o ambiente onde o indivíduo vive, pois lá existe um grande número de ovos, larvas e pupas dos ectoparasitas. Animais alérgicos podem sofrer muito com pulgas, pois basta uma picada para que eles tenham a liberação de uma substância no corpo chamada histamina, que vai causar um prurido intenso por toda a superfície corpórea e por longos períodos de tempo. Carrapatos podem ser responsáveis pela transmissão de várias doenças sérias, que, se não diagnosticadas e tratadas a tempo, poderão até levar ao óbito do paciente.

* Parasitas internos: podem ser adquiridos através da ingestão de ovos de parasitas, que pode ocorrer com o indivíduo pisando em sujidades de outros cães na rua e depois lambendo as patas. Também, lambendo diretamente sujidades nas calçadas ou, ainda ingerindo água contaminada. A prevalência poderá ser maior em locais com grande concentração de animais.

Prevenção: animais deverão realizar o exame parasitológico de fezes a cada 4 meses, no intuito de detectar infestações de parasitas intestinais. O uso indiscriminado de parasiticidas é contra indicado, pois poderá gerar resistência parasitária. O tratamento correto deverá ser indicado pelo veterinário, levando em consideração o peso do animal.

A dra. Cristiane Astrini também alerta para outras doenças comuns em cães e gatos, como problemas dermatológicos, otopatias, nefropatias e problemas oncológicos. Portanto a qualquer sinal de mudança procure um médico veterinário de confiança.

Serviço:
Banfield Pet Hospital – http://www.banfield.com.
Call Vet – www.callvet.com.br

epocasp.globo.com/farejadorbichos 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

8 fatos surpreendentes sobre o grande tubarão branco

Créditos de imagem: Carl Roessler
É difícil acionar a simpatia do público com uma cabeça gigante cônica, um conjunto de enormes afiados dentes serrilhados, um apetite carnívoro, um sorriso malicioso e uma reputação de "devorador de homens". O menor encontro com as pessoas é o suficiente para encher as manchetes.

1. O tubarão-branco (Carcharodon carcharias) é uma espécie de tubarão lamniforme, sendo o peixe predador de maiores dimensões existente na atualidade. Um corpo forte como foguete de até 7,2 metros de comprimento e pesando até 3,4 toneladas, o grande tubarão branco é o maior peixe predador do mundo, mesmo com 6,4 metros de comprimento e pesando 2 de toneladas). As espécies ameaçadas são protegidas nas águas da África do Sul, Austrália, Brasil, Namíbia e EUA, também no mar Mediterrâneo. Apenas a baleia orca e espermatozóides correspondem ao tubarão branco entre predadores oceano. Paradoxalmente, a mais temida e perigosa de tubarões, o tubarão branco, também está entre os mais protegidos e também a mais ameaçada.

2. O tubarão branco caça de peixes (incluindo outros tubarões)  focas e golfinhos, lulas, tartarugas e aves marinhas, mas como ele envelhece, ele fica maior e mais lento, preferindo focas, pinguins e cadáveres (principalmente de baleias).

3.Para a caça, os tubarões têm afiados visão, olfato e audição (eles captam sons de 2 km (1,2 milhas) de distância). A linha lateral ajuda a detectar vibrações produzidas por uma luta na água, como um peixe lanceado (é por isso que se pescar com um arbalet, retirar da água os peixes furou o mais rápido possível. Eles também têm a ampolas de Lorenzini, pequenas canais localizados em volta das narinas que permitem que os tubarões detectem campos elétricos fracos com o coração batendo, as brânquias ou músculos em movimentos de natação de presas possíveis. Isso permite que eles se sintam o campo magnético da Terra (saber onde o norte e sul estão localizados).

4. Despiste seu nome, o grande tubarão branco não é completamente branco. A parte dorsal é cinza-escuro e na parte ventral é branca, as duas cores reunião de uma linha irregular que se forma um padrão específico para cada indivíduo (como manchas girafa). Esta coloração faz com que o tubarão difícil de ver à distância, quando na água.

5. O corpo fusiforme e as costas triangular curbed aletas permitem aos tubarões deslizar na água como torpedos. Uma questão estranha é a cauda do tubarão branco: na maioria dos tubarões é assimétrico, enquanto que neste caso é simétrico. As barbatanas peitorais ajudam a subir para cima de tubarão e se o tubarão nada muito lento, ele afunda, mesmo se a sua capacidade de flutuação é garantida pela leaver, que faz 25% do peso do tubarão. Como muitas espécies de tubarão, o grande tubarão branco tem que nadar continuamente para que a água rica em oxigênio entre em suas brânquias através de sua boca. É por isso que os tubarões sempre exibem aquele sorriso de congelamento.

6. O que torna o grande tubarão branco e seus parentes da família Lamnidae (outras duas espécies de tubarão mako, tubarão-anequim eo tubarão salmão) diferente é o seu sistema circulatório. A temperatura do sangue desses tubarões é 3-5 "C maior que a da água. Isso acelera a digestão e aumenta a força muscular e a resistência. Por exemplo, o tubarão mako, que se alimenta de peixes rápidos oceânicos como o atum (que têm um sistema circulatório semelhante) em rajadas podem atingir os 100 km (62 milhas) por hora.

7.  As atuais 368 espécies de tubarões, apenas 20 são perigosas para os seres humanos. Destas, quatro são responsáveis ​​por quase 60-70 ataques de tubarão registrados anualmente no mundo. Até 11 destes ataques são mortais. Em 2006, 62 pessoas foram atacadas e 4 morreram. 38 ataques ocorridos nos EUA, 7, na Austrália, quatro na África do Sul, 3 no Brasil, 2, nas Bahamas e um para cada um dos seguintes: Fiji, Guam, México, Nova Zelândia, Porto Rico, La Reunion, Espanha e Tonga. Os quatro atentados ocorreram na Austrália, Brasil, La Reunion e Tonga.

As espécies culpadas são o tubarão-touro, tubarão-tigre, tubarão-branco de ponta e o tubarão-branco. Surpreendentemente, 55 a 80% das vítimas do ataque de um grande tubarão branco sobrevivem. Os grandes tubarões brancos podem de repente atacar banhistas, surfistas e barcos, afundando-os, mas os humanos não parecem representar seu prato favorito. O tubarão-branco morde uma vez com força e libera a vítima, causando feridas profundas, sem qualquer rasgo. Este é um método de caça sofisticado: se a presa não é morta por este primeiro ataque / mordida, o tubarão deixa escapar para a superfície apenas para provocar um segundo ataque quando a vítima já está debilitado pelo sangramento maciço.

Por que o grande tubarão proceder assim? Acredita-se que por causa dos olhos. Ao contrário de outros tubarões, esta espécie não tem um olho com membrana nictitante de proteção. O grande tubarão roda os olhos na tomada quando engasga com a presa. Os olhos podem ser expostas ao golpe de uma garra, é por isso que depois de causar o ataque mortal, os tubarões liberam sua presa.
De repente, o assassino se levanta das ondas para pegar o manequim de uma foca em suas mandíbulas
O fotógrafo Michael Rutzen, de 40 anos, usou uma foca de brinquedo para reproduzir o poder de caça do grande tubarão branco. Ele pendurou a foca a cerca de 1,5 metro de distância de seu barco e conseguiu registrar um tubarão branco de seis metros de comprimento saltando quase quatro metros de altura para capturar a presa em False Bay, na África do Sul.
Devido a esse comportamento, muitas vítimas humanas poderiam ser salvas. Isso foi possível também porque o tubarão branco não atingiu frenesi quando o sangue cheirando. Esta primeira mordida também permite que o tubarão para provar a sua vítima. O tubarão-branco prefere presas de gordura, como focas, que fornecem a grande quantidade de energia necessária pelo seu estilo de vida ativo em águas frias. A carne humana não é gordo, é por isso que a maioria dos tubarões brancos acabar com os ataques após a picada do punho, mas o que pode ter consequências como a mordida de um gosto em seres humanos!

As pesquisas comprovam que o dano assassino parece ser devida em vez de dentes afiados em forma de serra e não a mera força de mordida. Ao aplicar a mordida, o tubarão freqüentemente agita as presas de um lado para outro para produzir uma ação de corte. Depois disso, o tubarão deixa a vítima sangrar até a morte. Mesmo assim, o grande tubarão branco continua a ser o tubarão mais perigoso, devido ao seu tamanho solidez e velocidade.

Muitas pessoas que vivem no mar dizem que a criatura não tem um dente por carne humana. Estes tubarões parecem pessoas preferiria evitar. Jacques-Ives Cousteau contou uma reunião com um grande tubarão branco de Cabo Verde, quando o animal fugiu rapidamente deixando para trás uma nuvem de fezes ...

A espécie tem uma imagem negativa acentuada pelo filme "Tubarão" dos anos 70. Isso o tornou um troféu de caça, e logo um dente de tubarão branco custa US $ 1.000 e um conjunto completo de 20.000 dólares. Mas sem dúvida, a maioria grandes tubarões brancos são mortos por redes de pesca e pela caça de barbatanas de tubarão usado para fazer a infame sopa chinês.

8. Hoje, o maior tubarão é o grande tubarão branco. Mas o Procarcharodon megaladon, um parente do grande tubarão branco, que viveu 65 milhões de anos, tinha 13 m (44 pés) de comprimento! Poderia ter caçado baleias ...

O poder de caça do grande tubarão branco. Animal de 6 m salta quase 4 m para capturar foca de brinquedo

Tubarão de 6 m salta quase 4 m para capturar foca de brinquedo
Cena foi registrada em False Bay, na África do Sul.
Fotógrafo reproduziu poder de caça do tubarão com foca de brinquedo.

O fotógrafo Michael Rutzen, de 40 anos, usou uma foca de brinquedo para reproduzir o poder de caça do grande tubarão branco. Ele pendurou a foca a cerca de 1,5 metro de distância de seu barco e conseguiu registrar um tubarão branco de seis metros de comprimento saltando quase quatro metros de altura para capturar a presa em False Bay, na África do Sul.

Tubarão branco saltou quase 4 metros para capturar foca de brinquedo. (Foto: Barcroft Media/Getty Images)

Poder de caça do tubarão branco foi registrado pelo fotógrafo Michael Rutzen. (Foto: Barcroft Media/Getty Images)

Cena foi fotografada em False Bay, na África do Sul. (Foto: Barcroft Media/Getty Images)

Do G1, em São Paulo

domingo, 8 de maio de 2011

Chimpanzés falam, mentem e recitam poesias com sinais

O casal formado pelos pesquisadores Deborah e Roger Fouts dedicou toda uma vida a combater a ideia de que a linguagem é o "último reduto" da singularidade humana. Os mais de 40 anos de trabalho com chimpanzés mostram que esses animais não só aprenderam a se comunicar por sinais, mas também a mentir e a recitar poesia.

Os dois psicólogos, que pertencem ao Instituto de Comunicação entre Humanos e Chimpanzés da Universidade Washington (EUA), vão se aposentar dentro de poucos meses e sabem que cumpriram uma missão desmentida por muitos cientistas --entre eles o linguista Noam Chomsky-- que, durante décadas, negavam a possibilidade comunicativa aos símios, explicam em entrevista à Agência Efe.

Os Fouts foram deram seqüência aos trabalhos iniciados nos anos 60 por outra parceria --os também psicólogos Allen e Beatrice Gardner. A Nasa (agência espacial dos EUA) cedeu a chimpanzé Washoe depois que a pesquisa com "chimponautas" acabou.

Washoe passou a viver em um ambiente humano, em que só se usava a linguagem dos surdos-mudos. Um cenário muito diferente comparado com as equipes que, décadas antes, tentaram ensinar a linguagem oral a uma chimpanzé e, no período de seis anos, só pôde pronunciar (e não claramente) quatro palavras: "mamãe", "papai", "xícara" e "em cima", explica Roger.

Os Gardner e sua equipe, da qual Roger Fouts era estagiário, acreditavam que a vocalização dos chimpanzés era involuntária, como o som que um humano faz ao bater o dedo com um martelo.

Eles apostaram então no movimento natural das mãos (como utilizam os exemplares selvagens, com dialetos próprios) e decidiram criar Washoe como uma menina surda, usando a da linguagem de sinais dos Estados Unidos.

A primata aprendeu mais de uma centena de sinais ao observar como a equipe se comunicava. Ela se tornou capaz de pedir comida e pedir para que lhe coçassem, além de expressar conceitos complicados como "estou triste" ou pedir perdão.

LINGUAGEM TRANSMITIDA

Quando os Gardner decidiram ceder Washoe a um centro de Oklahoma, Roger não quis deixá-la sozinha naquele laboratório e convenceu o casal para que a transferissem com ele a Washington, onde daria continuidade a sua pesquisa até a morte da chimpanzé em 2007.

Em todos estes anos, os Fouts puderam ver como Washoe ensinou a linguagem a sua "família" --Tatu, Dar e Loulis, uma criação adotada que aprendeu os sinais sem intervenção humana-- até níveis surpreendentes: os chimpanzés falavam sozinhos enquanto "liam" uma revista, pois são capazes de nomear o que veem nas fotografias, como bebida, comida, sorvete e sapatos.

"Falam como uma família. Se uns discutiam, tentavam apaziguar. Quando Loulis tirava uma revista de Washoe, ela chamava a atenção dele e lhe dizia 'sujo'", explica Deborah, que indica que os primatas também sabem utilizar os sinais para mentir.

Assim é possível identificar em uma gravação o momento em que Dar convence Washoe que Loulis o tinha agredido e se atirou no chão encenando e pedindo com sinais a sua mãe um "abraço" --ela repreendeu o suposto agressor.

O mais surpreendente foi registrado em outra gravação na qual um dos chimpanzés repetia "chorar, chorar; vermelho, vermelho; silêncio, silêncio; divertido, divertido", um enigma para a equipe até que um amigo poeta do casal apontou que os sinais destas palavras eram similares e que se tratava de uma aliteração da língua de sinais, ou seja, uma composição poética.

"Há evidências de que os chimpanzés podem aprender os signos, ordená-los e conversar, com sintaxes, sendo capazes de inventar e ensinar", explica Roger Fouts.

Apesar de anunciarem que vão se aposentar da universidade para se dedicarem a seus cinco netos que veem pouco, os pesquisadores reconhecem que seguirão visitando seus outros "netos" chimpanzés.

"Não podemos explicar que temos 68 anos e nos aposentamos. Então vamos continuar visitando-os, mas não todos os dias", antecipam.

O casal lamenta que a difusão de suas surpreendentes pesquisas não tenham servido para deter o maus-tratos a estes primatas, mas acreditam que esta ideia chegue às escolas e provoque uma mudança de atitude nas novas gerações.


DA EFE

Macacos nascem com gene que os protegem de vírus parecido ao HIV

Algumas espécies de macacos têm um gene que pode ajudar a ciência a criar uma vacina contra o VIS (vírus da imunodeficiência símia) e, por sua vez, contribuiria para o desenvolvimento de imunizantes contra a aids em humanos, sugere um estudo.

Cientistas vacinaram um grande grupo de macacos-resos e, depois, os expuseram ao VIS durante duas semanas. A metade foi infectada, mas a outra metade, não.

Os que resistiram à infecção tinham mais probabilidade de ter o gene identificado como TRIM5.

"Isto nos diz (...) que provavelmente haja, entre os humanos, genes a serem encontrados em algumas pessoas, mas não em outras, que podem ajudar na proteção do organismo", diz Norman Letvin, professor da Escola de Medicina de Harvard e coordenador do estudo, publicado na revista "Science Translational Medicine" na última quinta-feira (5).

Folha

Fósseis. Gambás de 64 milhões de anos são encontrados na Bolívia

Fósseis de 35 membros de uma espécie primitiva de marsupiais da época do Paleoceno foram achados na Bolívia, segundo informa a revista "Nature" neste domingo.

A descoberta dos especialistas do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica traz à tona algumas hipóteses tradicionais sobre os costumes dos marsupiais, que até agora os estudiosos acreditavam que eram pré-históricos.

O gambá comum, como um marsupial, caracteriza-se por seu comportamento solitário, e os cientistas consideravam que esta particularidade era proveniente das épocas primitivas.

Sob a coordenação da especialista Sandrine Ladevèze, os pesquisadores belgas localizaram os fósseis dos marsupiais da espécie Pucadelphys andinus, entre os quais machos e fêmeas em vários estágios de maturidade.

Os esqueletos desta espécie, com 64 milhões de anos, foram encontrados em uma área de um metro quadrado, uma clara evidência de que viviam em bando, existia uma manada na qual os machos competiam pelas fêmeas e praticavam a poligamia.

A descoberta coincide com os costumes dos gambás contemporâneos, solitários por natureza e de maior dimensão que seus ancestrais, que eram do tamanho de ratos.

Folha

Pererecas venenosos

Pererecas são menores que os sapos e as rãs, tem pernas finas e longas podendo saltar ate 2m de distância.
As pontas de seus dedos tem um tipo de ventosa que permite que este animal possa escalar árvores e paredes.

Costumam viver em árvores e sua principal caracteristica são os olhos esbugalhados.
Hábtat: geralmente em árvores
Tamanho: menos de 10cm
família: Hylídeos

A maioria das pererecas venenosas vivem na america do sul e central.
As de cores fortes como amarelo com preto ou vermelho com preto são as mais venenosas.

Perereca ou rela é o nome comum que se dá aos anfíbios anúros da familia Hylidae.De pequeno porte, caracterizam-se pelos dedos caracterizados em ventosa, que lhes permitem prender-se a superfícies verticais.
As pererecas, assim como sapos e rãs, estão sendo banidos devido alterações e destruição de seu habitat e, apesar de causarem certo nojo e pavor, são indicadores de um meio ambiente saudável.
Alimenta-se principalmente de insetos e outros invertebrados, mas algumas espécies maiores podem alimentar-se de pequenos vertebrados.

São facilmente encontradas no verão, na estação chuvosa, época em que há um maior número de locais propícios à reprodução.Os Hylídeos depositam seus ovos em uma variedade de diferentes lugares, dependendo da espécie. Muitas usam lagoas, outros usam poças d'água que coletam os buracos de suas árvores, enquanto outros usam as bromélias ou outras plantas de retenção de água. Outras espécies colocam seus ovos sobre as folhas de vegetação emergente da água, permitindo aos girinos cair na lagoa quando eclodem.


Os anfíbios (gr. amphi = dupla + bios = vida) incluem três grandes ordens: anuros (sapos e rãs), urodelos (salamandras, tritões e afins) e ápodos (cecílias), além de várias formas fósseis do Devónico (considerado a idade dos anfíbios) e períodos seguintes. O nome da classe refere, adequadamente, que a maioria das espécies passa parte do seu ciclo de vida em terra e parte em água doce (nunca vivem no mar).

As salamandras apresentam cabeça e pescoço distintos, tronco longo (cilíndrico ou achatado) e uma longa cauda.

Sapos e rãs têm cabeça e tronco unidos num grande corpo achatado, sem pescoço e cauda, patas anteriores curtas e posteriores longas.

As cecílias são vermiformes, sem patas e com pequenas escamas internas na pele.

São comuns em regiões temperadas mas a grande maioria é tropical, embora alguns vivam em zonas frias (congelam no período frio) ou desérticas (escondem-se durante o período seco e são nocturnos).


Tanto na estrutura como na função, os anfíbios situam-se entre os peixes e os répteis, sendo o primeiro grupo de cordados a viver em meio terrestre. Os primeiros anfíbios apresentavam pulmões mas também tinham características típicas de peixe, como a pele coberta de escamas e uma cauda suportada por raios cartilagíneos.

A adaptação á vida em meio terrestre levou ao surgimento de características como patas, pele e pulmões (para facilitar a respiração), narinas em comunicação com a cavidade bucal, excreção de menor quantidade de produtos tóxicos e órgãos dos sentidos que funcionam tanto em terra como na água.

Apesar das suas muitas adaptações ao meio terrestre, os anfíbios como grupo estão limitados, na sua expansão para meios secos, pela sua dependência da respiração cutânea, incapacidade de produzir urina concentrada e falta de um ovo resistente á dessecação.

Como evoluíram os anfibios

Entre as muitas espécies de peixes que habitavam o globo no Devoniano, um grupo desempenhou um grande papel na evolução: foram os Crossopterígeos, ancestrais imediatos dos primeiros vertebrados terrestres.
A passagem da água para a terra foi uma passo muito significativo para a evolução. Iniciou-se no final do Devoniano com os primeiros anfíbios e mais tarde foi completada pelo desenvolvimento dos répteis no Paleozóico Superior.

A chamada saída das águas ocorreu há mais ou menos 350 milhões de anos, quando alguns Crossopterígeos subiram à terra, provavelmente a procura de áreas úmidas e assim devem ter originado os anfíbios. Essa transmigração exigiu múltiplas transformações anatômicas e fisiológicas, cujo resumo se pode observar seguindo a transformação de um girino em rã.

Os primeiros anfíbios eram providos de ossificações numerosas e maciças, dentes complexos e escamas ossificadas na pele. O primeiro tetrápode conhecido foi o Ichthyostega, que possuia uma anatomia comparada aos Crossopterígeos, mas um teto craniano diferente e a presença de membros locomotores.

Entre as inúmeras modificações do esqueleto que os anfíbios passaram, muitas parecem ligadas à necessidade de uma vida terrestre (ou pelo menos parcialamente terrestre). A coluna vertebral é reforçada por costelas fortes; a cintura escapular é libertada, adquirindo mobilidade e reforçando-se ventralmente; a cintura pélvica fixa-se a coluna vertebral. O conjunto de ossos que cobrem as brânquias dos peixes reduz-se e um dos seus elementos, transformado em membrana, vai permitir a audição no meio aéreo: trata-se do tímpano; o osso que liga, a partir de então, o tímpano ao ouvido interno e transmite as vibrações, a columela, não é mais que a parte dorsal do arco hióideo que servia para sustentar a mandíbula dos peixes (Ricqlès, 1989).

Ichthyostega

Este é considerado o tetrápode mais primitivo do mundo a andar sobre a Terra viveu no Devoniano da Groenlândia

Paleoecologia

A grande questão que envolve o aparecimento dos anfíbios é explicada pela Paleoecologia. A seca temporária dos lagos onde viviam numerosos Sarcopterígios no Devoniano, talvez tivesse favorecido os indivíduos capazes de respirar o ar atmosférico, de resistir a dessecação e até de se deslocar do solo em busca de água. O meio terrestre, já invadido por vegetais e artrópodes, consistia em um novo reservatório de recursos alimentares, potencialmente exploráveis. Uma vez diferenciados, os anfíbios primitivos vão diferenciar-se muito, isto é, dar origem a um número elevado de espécies desde o Carbonífero Inferior até o Triássico Superior.

Mal conhecidos no Carbonífero Inferior, abundam os pântanos hulhíferos do Carbonífero Superior.

Particularmente variados e numerosos nos ecossistemas do Permiano Inferior, os anfíbios chegam mesmo a adaptar-se a meios francamente terrestres. Todavia a maioria readapta-se ao meio aquático no Permiano Superior e no Triássico.

As principais características dos anfíbios são:

A pele é úmida e glandular, formando um revestimento corporal fino e sem escamas, o que tornaria estes animais pequenos demasiado expostos a predadores. Por esse motivo surgem numerosas glândulas secretoras (A) de substâncias tóxicas ou alucinogénias.

O esqueleto é, em sua grande maioria, ossificado, o crânio apresenta dois côndilos occipitais, e as costelas (quando presentes) não estão ligadas ao esterno.

De modo geral têm dois pares de patas. As extremidades (com 4 ou 5 dedos) servem para andar, saltar (este modo de locomoção parece ter evoluído como uma forma rápida de escapar a predadores para a água) ou nadar, nunca existindo barbatanas pares e nas impares não existem raios de sustentação. Alguns não apresentam patas.

A pele dos anfíbios atuais é rica em glândulas mucosas e venenosas. O muco umedece a pele, protegendo-a da dessecação e auxilia na respiração cutânea. As glândulas venenosas produzem alcalóides de elevada toxicidade que atuam sobre o coração, reduzem a respiração, ou atacam o sistema nervoso. O veneno de certas rãs é usado por índios sul-americanos para envenenar suas flechas. Os anfíbios atuais não possuem escamas verdadeiras, sua pele pode possuir as mais variadas colorações, podendo alguns inclusive mudar de cor.

Sistema digestivo dos Anfíbios

Sistema digestivo associado a um par de orifícios (narinas) em comunicação com a cavidade bucal, fechadas por válvulas que impedem a entrada de água e onde se realiza a percepção química. A boca geralmente apresenta dentes finos e língua protrátil cuja base frontal é fixa.

Girinos se alimentam de algas e restos de animais e vegetais mortos. A alimentaçao dos adultos é quase exclusivamente carnívora e inclui desde pequenos moluscos, artrópodes e pequenos vertebrados até mamíferos.

Órgãos dos sentidos dos Anfíbios

Órgãos dos sentidos incluem olhos protegidos por pálpebras móveis e glândulas lacrimais (protegendo o olho num meio seco e cheio de partículas estranhas como é o terrestre), ouvidos com columela (desenvolvida a partir de ossos mandibulares dos peixes) e tímpano externo (sapos e rãs), permitindo uma ampliação dos fracos sons transmitidos pelo ar.

Com excepção das cecílias, cujo modo de vida obriga a utilizar o olfato, a maioria dos anfíbios utiliza a visão para detectar as presas, mesmo de noite.

Sistema circulatório dos Anfíbios

Sistema circulatório tem um coração com três câmaras (duas aurículas e um ventrículo), glóbulos vermelhos ovais e nucleados.

Sistema respiratório dos Anfíbios

Sistema respiratório apresenta brânquias (pelo menos em algum estádio da vida) e/ou pulmões, embora a pele e a mucosa bucal, separadamente ou em combinação, também sejam utilizadas, dependendo da etapa da vida do animal.

Entre os anfíbios podem ocorrer respiração branquial, cutânea, bucofaringeana e pulmonar, podendo atuar conjuntamente dois ou três mecanismos. Os girinos (formas jovens) respiram através de brânquias, que podem ser internas ou externas. Geralmente após a metamorfose as brânquias atrofiam e há um maior desenvolvimento dos pulmoes. A respiraçao cutânea ocorre nas formas adultas e jovens. No entanto, existem adultos sem pulmoes, onde predomina a respiraçao cutânea.

Algumas espécies de salamandras não apresentam pulmões, dependendo totalmente da pele e da cavidade bucal para a absorção de oxigénio. Na laringe de sapos e rãs existem cordas vocais, com as quais os machos emitem os chamamentos de acasalamento.

Sistema excretor dos Anfíbios

Sistema excretor composto por rins mesonéfricos.

A reprodução apresenta geralmente três fases: ovo, larva e adulto, ocorrendo uma metamorfose radical na passagem de larva aquática a adulto.

A fecundação é interna (geralmente urodelos e ápodos) ou externa (anuros), sendo as espécies geralmente ovíparas. A maioria deposita os seus ovos na água mas algumas espécies vão a terra para o fazer e outras ainda retêm os ovos no interior do corpo de formas diversas.

Quando a fecundação é interna, o esperma é transferido para o corpo da fêmea envolto numa cápsula gelatinosa - espermatóforo - como no caso dos urodelos ou através de um órgão semelhante a um pénis, como no caso dos ápodos. Para que tal aconteça com eficácia deve existir muita coordenação de movimentos, obtida por complicados rituais de acasalamento.

Os ovos contêm uma quantidade de vitelo apreciável e são envolvidos por uma capa gelatinosa que seca rapidamente em contacto com o ar, mas não têm anexos embrionários. Podem ser postos apenas 2 ou 3 ovos, soltos ou em cordões, mas algumas espécies atingem os 50000 ovos por postura.

Nas espécies que colocam os ovos em terra ou os retêm, o desenvolvimento é directo, pois a larva permanece no ovo até emergir como uma miniatura do adulto. Estas espécies têm a vantagem de se libertarem da dependência da água para a reprodução pois não existe fase larval aquática.

Os anfíbios não parecem organismos particularmente atraentes ou importantes mas são importantes controladores das populações de insetos e outros que rapidamente se podem tornar uma praga para o ser humano.

No entanto, não damos o devido valor a estes animais, cortando-lhes o acesso aos locais de reprodução com estradas e caminhos de ferro, drenando áreas úmidas e matando-os como animais "peçonhentos".

Atualmente uma nova e insidiosa ameaça surge contra esta classe, o desaparecimento da camada de ozônio e o uso intensivo de pesticidas na agricultura. Estes problemas não afetam apenas os seres humanos mas igualmente os anfíbios de pele nua, cujas populações estão em declínio acentuado devido ao aumento das radiações U.V. e cujos sistemas imunitários são permanentemente afetados pelos venenos transportados pelo vento.

Indicadores ambientais

Os anfíbios são verdadeiros sensores ambientais, denunciam a degradação de uma área antes de qualquer outra espécie e, se estudados, global e sincronicamente, eles têm a capacidade de comunicar o que está acontecendo com nosso planeta. São como um alerta vermelho (Conservation International - CI).

A Amazônia (não só a brasileira) e a Mata Atlântica, são os biomas mais importantes para a conservação dos anfíbios, por conta da grande diversidade de espécies e alto grau de endemismo (espécies que só ocorrem em um determinado local). Das 600 espécies de anfíbios registradas no Brasil, 455 (76%) existem apenas aqui. Somente na Mata Atlântica, foram catalogadas 372 espécies, sendo 260 (70%) endêmicas (Conservation International - CI).

Um dos motivos da sensibilidade dos anfíbios à saúde do meio ambiente está relacionado a seus diversos modos reprodutivos. Há espécies que depositam seus ovos em meio aquático (água corrente ou parada); em meio semi-aquático (em ninhos de espumas flutuantes ou na vegetação acima d’água); e ainda em ambiente terrestre, no solo da mata. Outros fatores que afetam a atividade reprodutiva dos anuros (sapos, rãs e pererecas) são a temperatura do ar, a quantidade de chuvas, a luminosidade, além da ação humana. Ao menor desequilíbrio em seus habitats naturais, o anfíbios - sobretudo os anuros - reduzem sua capacidade reprodutiva, podendo-se observar o rápido desaparecimento de populações (Conservation International - CI).

Observações sobre os representantes da Ordem Apoda (Gimnophiona)

Em diversos livros a cobra-cega é mostrada como sendo um anfíbio apoda (Ordem Gymnophiona) e o réptil anfisbenídeo como cobra-de-duas-cabeças.

O que acontece é que o nome popular "cobra-cega" é dado tanto para este anfíbio apoda como para o anfisbenídeo. Além disso, o anfisbenídeo é mais facilmente encontrado do que o anfíbio apoda. Uma espécie (Amphisbaena mertensii) é encontrada na Mata dos Godoy, ela apresenta hábitos subterrâneos e alimenta-se de pequenos invertebrados. Sua pele é dividida em anéis transversais.

Apresenta os olhos vestigiais, recobertos pela pele, daí vem o nome cobra-cega. Sua cauda é curta e grossa parecendo uma cabeça, de onde vem o nome cobra-de-duas-cabeças.

Família Ceciliidae - Siphonops annulata (cobra-cega)

Obs – É muito comum as pessoas confundirem a cobra de duas cabeça com a cobra cega. No entanto, a primeira é um réptil, apresentando a pele sulcada tanto no sentido transversal como longitudinal, formando uma série de reticulações, ao passo que a cobra-cega (anfíbio) tem um certo número de anéis e os segmentos são lisos, reluzentes.

Não apresentam apêndices locomotores. Seu corpo é recoberto por uma pele disposta em anéis. Elas vivem na terra como as minhocas e alimentam-se de larvas e outros pequenos animais.

Possuem hábitos fossoriais, isto é, vivem enterradas. Por isso possuem olhos pequenos e dependem de receptores químicos para detectar suas presas.

Podem ser aquáticas ou terrestres, mas todas respiram por pulmões. Alimentam-se de larvas de insetos, minhocas, vermes e insetos. São encontradas em hábitats tropicais.

Fonte: www.fag.edu.br

Chuva de pererecas e rãs assusta cidade na Hungria

Alguns moradores chegaram a pensar que era um sinal do Apocalipse. Outros se assustaram com as pererecas que caíam…



Parece até cena de filme, mas o fato realmente aconteceu. Uma chuva de rãs pegou de surpresa os moradores da cidade de Rákóczifalva, a 100 km a leste de Budapeste, informou a imprensa local.

“Quando vi que meu guarda-chuva estava cheio de rãs me assustei muito”, disse um morador da aldeia, citado pelo site index.hu, enquanto outros relataram que tinham visto “muitíssimos” destes animais.

“Não gosto destas criaturas e corri em busca de proteção em uma estação de ônibus. Nunca vi algo semelhante”, assegurou outra testemunha do fenômeno.

Antes que alguém pense que é uma refilmagem do filme Magnólia, existe uma explicação para o ocorrido. Segundo especialistas, quando são formadas nuvens cumulonimbus (que provocam tempestades) e o ar quente sobe, pequenas plantas ou animais, como rãs, aranhas ou peixes, podem ser levados para as nuvens. Posteriormente eles são “descarregados” em forma de chuva. Assim, como tudo que sobe tem de cair, os animais e objetos podem cair a quilômetros de distância do lugar de origem.



Pode realmente acontecer uma a chuva de rãs?
por Julia Layton

Quando as rãs cobriram o Egito, no livro de Êxodo, que era um sinal de profunda preocupação. E isso foi apenas a praga n º 2 de 10. Se você já acordou e viu a poucos centímetros da porta da sua casa um sapo, você sabe que não é uma imagem bonita.

Claro, você provavelmente não acordou para uma cena tão horrível. Você provavelmente não tenha tido uma experiência em torno de uma tempestade e teve seu carro atingido por aquilo que você pensou que era granizo, mas acabou por descobrir que eram  sapos congelados. Mas algumas pessoas tiveram essa experiência. Embora não seja o fenômeno climático mais comum no mundo, não é tão rara quanto se poderia pensar. Isso acontece em todo o mundo, pelo menos desde o século I dC - quando o naturalista romano conhecido como Plínio, o Velho, descreveu o evento - e tão recentemente quanto em 2005, na Sérvia .

Você pode ouvir um relato de chova de sapos - e outros objetos inesperados, alguns nem mesmo orgânicos - pelo menos uma vez por década ocorre. Anfíbios chuva parecem estar pegando na freqüência. Nos últimos 20 anos, os jornais têm encontrado mais oportunidades do que nunca para escrever sobre sapos caindo do céu. Por razões desconhecidas, a Grã-Bretanha parece ser especialmente sensíveis nos últimos anos. 

Apesar de ser um fenômeno muito raro a "chuva" de rãs, sapos e outros pequenos animais como peixes e lagartixas já foi registrada em vários lugares do mundo. Mas não comece a pensar em pragas bíblicas porque a queda do céu destes bichinhos desafortunados pode ser facilmente explicada cientificamente.A causa na verdade é bem singela. As fortes correntes ascendentes de ar que encontramos nos tornados ou nas tempestades de alta intensidade podem absorver ou empurrar para cima qualquer objeto ou animal que não tenha sido suficientemente precavido para procurar um refúgio. Por isto ninguém ouve falar em chuva de toupeiras ou coelhos, que procuram abrigo rapidamente em caso de tempestade.Uma vez empurrados para o núcleo da tempestade ou tornado, as correntes ascendentes os mantêm dentro das nuvens, sendo fustigados por fortes correntes de ar até que a tempestade perca intensidade. Aí então, tudo o que tinha sido absorvido pela tempestade cede ante a lei da gravidade e cai, criando uma verdadeira "chuva".Quando estudamos as correntes de ar que se encontram dentro das tempestades vemos que não é tão estranho que isto aconteça, já que os ventos ascendentes podem chegar a 200 km/h, capazes de lançar para o alto qualquer objeto que tenha sido absorvido. Este fenômeno já matou vários praticantes de asa-delta que, por um excesso de confiança, voaram perto demais de um tornado e acabaram sendo empurrados até seu "cume", a mais de 11 mil metros de altura.A esta altura as temperaturas são tão baixas que qualquer ser vivo morre congelado. Alguns pilotos chegaram mesmo a tentar desprender-se da asa-delta para lançar-se em queda livre, mas os ventos eram tão intensos que eles foram empurrados para cima da mesma forma.

Pererecas, rãs e sapos venenosos

Nem mesmo a mais linda donzela do mundo transformaria, com um beijo, um sapo, rã ou perereca num príncipe. Mas se você encontrar um deles coaxando saiba que está diante de um príncipe da noite à procura de uma parceira.Quando o sol se esconde no horizonte e a maioria das aves silencia, a sinfonia da natureza fica por conta dos anfíbios. Os lagos se transformam em palcos de cantoria. As músicas não são tão harmônicas, porém variam nos tons e na cadência e são muito, muito antigas.

Esses cantores são os primeiros animais terrestres com cordas vocais. Surgiram entre 200 e 300 milhões de anos. Fósseis e pegadas dos primeiros anfíbios datam do início do Período Devoniano. Deram origem à vida em terra e até hoje são responsáveis por boa parte da manutenção da vida na Terra. Ao longo de tantos milhões de anos foram se diferenciando, desenvolvendo muitas particularidades, a começar pela distinção entre rãs, sapos e pererecas.

Generalizando, sapos são anfíbios de pele rugosa e têm glândulas paratóides atrás dos olhos. Rãs têm pele lisa e vivem no chão. Pererecas têm discos aderentes nas pontas dos dedos. Você pode já ter encontrado uma perereca no banheiro, grudada à parede graças, justamente, aos dedos aderentes. A preferência das pererecas pela área do chuveiro deve-se à necessidade de manter a pele úmida, apesar de jamais beberem água. Como parte de sua respiração é feita através da pele, se ela ressecar os poros fecham e as pererecas podem morrer sufocadas.

Até hoje os pesquisadores já identificaram no mundo cerca de 5.000 espécies de sapos, rãs e pererecas e estima-se que existam outras mil ainda desconhecidas. Ocorrem em praticamente todo o planeta, nas tundras geladas, nas florestas tropicais e até nos desertos. Seria necessária uma enciclopédia para descrever todos os anfíbios e seus hábitos, e mesmo assim nos perderíamos num universo de particularidades, sem chances de conhecer todos os aspectos desses animais que deram origem à vida em terra firme.

Phyllomedusa distincta
Por outro lado conhecendo um pouco mais sobre uma só espécie, a Phyllomedusa distincta, já é possível perceber a importância que esses animais têm no meio ambiente.A Phyllomedusa distincta é uma perereca simpática, de olhos grandes e pupilas verticais. Embora capaz de saltar, prefere caminhar pelas plantas e, se capturada pelo homem, não salta da mão como outras espécies. A lentidão com que caminha, associada à sua cor verde que ajuda na camuflagem entre as folhas, faz com que essa perereca consiga passar quase sempre despercebida pelos predadores.

Pude acompanhar o ciclo de reprodução delas, graças a um trabalho desenvolvido por Germano Wöehl Jr. e Elza Nishimura Wöehl, fundadores do Instituto Rã-bugio para a Conservação da Biodiversidade, uma organização não governamental que trabalha com educação ambiental e conservação de anfíbios em Guaramirim, Santa Catarina.

Elza e Germano compraram, há alguns anos, uma pequena área de cerca de 4 hectares onde existia uma plantação de bananas. Hoje, a área já se transformou num fragmento de mata atlântica em recuperação, onde um pequeno lago reúne dezenas de espécies de anfíbios, entre elas a Phyllomedusa. Ao caminhar pelas margens do lago é preciso prestar muita atenção para perceber as pererecas camufladas entre as folhagens. Com um pouco mais de atenção dá para perceber folhas cuidadosamente dobradas e coladas, cheias de ovos da perereca.

Pode até ser difícil a olhos não treinados encontrar as pererecas ou as desovas, mas quando se tem uma guia como Elza, não existe anfíbio que se esconda. Seus olhos orientais conhecem o lago como ninguém e conseguem enxergar qualquer movimento ou camuflagem perfeita. À noite, com uma pequena lanterna, Elza vai iluminando a margem, guiada pelos ouvidos. Como só os machos coaxam, consegue interpretar dois sons distintos. Existe o coaxar de advertência, quando um macho territorial avisa um outro que está muito próximo. Identificado o som, se o macho intruso não se afastar, o confronto terminará em luta corporal.

Já o coaxar de acasalamento é o mais comum, e tem um só objetivo: atrair a parceira. A exemplo de outras espécies de pererecas, os machos de Phyllomedusa coaxam empoleirados em ramos de plantas, bem próximos àlagoa. E a conquista é no grito, ou seja, aquele que coaxar mais intensamente ou for mais insistente vai ganhar os 'favores' da parceira. Nas noites mais quentes da primavera ou verão, o que se ouve é um verdadeiro coral de anfíbios.

Quando o coaxar de acasalamento consegue seduzir a parceira, o macho imediatamente se agarra às costas da fêmea e o casal entra em amplexo e sai à procura da folha ideal. Uma vez identificada a folha, a fêmea se encarrega de dobrá-la com braços e pernas. Como os machos não possuem pênis, a fecundação dos ovos é externa. A fêmea vai desovando, pouco a pouco, e simultaneamente o macho derrama o sêmen. Junto à desova, a fêmea coloca também um gel em formato de bolinhas, utilizado para manter a umidade dos ovos e também colar as bordas da folha, que passa a ter o formato de um charuto.

Apesar de a maioria das desovas de Phyllomedusa ocorrer à noite, é frequente um ou outro macho conseguir atrair a parceira só no final da madrugada e a desova se estender pela manhã. Quando isso acontece é também comum ver um comportamento diferente na reprodução da espécie. Tivemos a oportunidade de observar um casal, já na metade da desova, atrair um outro macho, que, sorrateiramente, parecendo medir cada passo, aproximou-se e se posicionou entre o casal. O segundo macho também participou da desova, que vai gerar girinos de uma mesma mãe, mas de pais diferentes. Essa 'fertilização sorrateira' também pode ocorrer à noite.


A desova e o consequente fechamento da folha levam cerca de meia hora. Em média são depositados 170 ovos nesse ninho temporário. O número relativamente elevado de ovos compensa as perdas constantes de desovas, devido a vários fatores ambientais e à ação dos predadores de ovos. Assim que a desova termina, o macho se afasta devagar, já a fêmea ainda leva alguns minutos para vedar o ninho com as bolinhas de gel.

Diferente da maioria dos anfíbios, que desovam diretamente na água, os girinos da Phyllomedusa nascerão dentro da folha. Isso pode demorar de sete dias a um mês, de acordo com a temperatura ambiente. Quando os girinos começam a se movimentar e rompem os invólucros dos ovos, as bolinhas de gel ficam liquefeitas, a folha se abre e cada filhote literalmente escorrega pela folha, diretamente para o lago.

Na maioria das espécies da subfamília Phyllomedusinae, os girinos são vegetarianos, alimentam-se de algas ('limo') e restos de vegetais na água. Os que sobrevivem aos predadores por cerca de 80 dias, transformam-se em mini-pererecas e passam a viver em terra firme, ou melhor, nos ramos e folhas, sempre bem escondidos. Daí vem o nome anfíbio, que significa duas vidas, uma na água e outra em terra. Duas vidas, que na base da cadeia alimentar garantem a existência de muitas outras vidas.

Seja na fase aquática ou na terrestre, a importância dos anfíbios para o meio ambiente é facilmente notada. O controle natural da população de insetos das mais variadas espécies é um dos importantes serviços que os anfíbios proporcionam ao homem, tanto no que diz respeito ao controle de vetores transmissores de doenças, como o mosquito da dengue, como na redução de insetos prejudiciais à agricultura.

Rãs e pererecas são uma importante fonte de proteína para cobras e para mamíferos, répteis, peixes e aves, apesar dos venenos que diversas espécies possuem na pele. Pudemos flagrar até um surucuá-de-peito-azul (Trogon surrucura), capturando uma perereca para alimentar os filhotes. Os sapos, com o veneno das glândulas paratóides, têm predadores mais específicos. Se engolir sapo não é fácil como figura de linguagem, na realidade é ainda mais difícil. Menos para serpentes como a boipeva, Waglerophis merremi, especializada nessa 'tarefa ingrata'. O veneno de sapo não a molesta e seu segundo mecanismo de defesa - que é inchar até ficar grande demais para ser engolido - não tem êxito, pois a boipeva possui dois dentes grandes e móveis que usa para perfurar os pulmões do sapo, fazendo-os murcharem.

Os anfíbios são também indicadores da saúde ambiental. Sua ausência quase sempre significa que o ambiente está sofrendo agressões. Apesar de serem tão antigos, e de sobreviverem há milhões de anos, muitos são sensíveis à destruição das matas e banhados e à poluição das águas. Os representantes da origem da vida em terra firme, às vezes são os primeiros a desaparecer com as alterações provocadas pelo homem. A expansão urbana e de áreas de agricultura promove a drenagem de inúmeras várzeas e ambientes alagadiços, um processo que diminui, ano após ano, as áreas de distribuição destes simpáticos passageiros do nosso mundo vivo.




O bem e o mal à flor da pele
por: Liana John
A pele de todos os anfíbios é constantemente lubrificada por uma complexa mistura de substâncias, que podemos chamar genericamente de secreções, muitas delas venenosas. Uma única perereca da subfamília Phyllomedusinae tem na pele mais de 50 princípios ativos diferentes e cada espécie apresenta misturas diversas de venenos, embora muitos deles exerçam a mesma função. Não é preciso dizer que esse universo ainda é muito pouco conhecido pelos cientistas, embora desperte grande interesse da indústria farmacêutica, a ponto de já constituir uma frente importante de biopirataria.
A maioria das substâncias é composta por peptídeos, um tipo de molécula mais simples do que as proteínas, com sequências de 4 a 30 aminoácidos. Para descobrir a identidade de cada peptídeo é preciso recorrer a técnicas e aparelhos de nome complicado: cromatografia líquida de alta resolução, espectroscopia de massa, sequenciamento de aminoácidos. "As Phyllomedusas apresentam a maior riqueza em peptídeos do reino animal e estudar uma única espécie é trabalho para muitos anos", comenta Antonio Sebben, da Universidade de Brasília (UnB), um dos maiores especialistas brasileiros na matéria.
Segundo o pesquisador, esses peptídeos têm três funções básicas, todas de defesa: proteger a pele úmida das pererecas contra fungos, bactérias e protozoários causadores de doenças; causar irritação na boca de predadores, para obrigá-los a regurgitar ou diminuir as chances de predação, e provocar reações no sistema digestivo dos predadores, também para 'ensiná-los' que aquelas espécies são 'pratos indigestos'.
A necessidade de proteger a pele deve-se à respiração cutânea, característica que define um anfíbio. Como a pele precisa estar úmida para ser permeável aos gases da respiração, fica muito sujeita aos agentes infecciosos. Daí esses animais terem desenvolvido, ao longo dos milhões de anos de sua evolução, os mais diversos tipos de antibióticos, secretados pelas glândulas da pele.
Já as duas defesas contra predadores são estratégias de emergência. De modo geral, os venenos irritam a boca do predador, a ponto de algumas pererecas serem engolidas por cobras e, momentos após, serem regurgitadas inteiras e saírem andando! Também há venenos sistêmicos que, absorvidos pelas mucosas, entram na corrente sanguínea do predador e causam cólicas, prostração ou mesmo morte. Logo os predadores aprendem que aquelas espécies não são boas para comer.
A função de proteção contra os agentes causadores de doenças é a que mais interessa à indústria farmacêutica. Os venenos das Phyllomedusas podem ser classificados como antibióticos de amplo espectro, capazes de matar microorganismos com muito mais eficiência do que os antibióticos sintéticos, mesmo os mais avançados. "Como são moléculas relativamente pequenas, ainda têm a vantagem de penetrar com facilidade no organismo, ou seja, constituem uma nova geração de antibióticos", diz Sebben. "Deve-se tomar cuidado, porém, com algumas aplicações difundidas, ultimamente, com base no uso tradicional desses venenos por etnias indígenas, as chamadas 'vacinas de sapo verde' ou 'kampu'".
A 'vacina' é feita com o veneno da Phyllomedusa bicolor. Causa dor, distúrbios gástricos e é considerada depurativa, sendo usada também em rituais de iniciação. "O simples fato de ter uma aplicação cultural não significa que é bom", alerta o especialista, lembrando que existem outros venenos misturados aos de efeito 'desejado', e estes são capazes de causar alterações de pressão sanguínea e outros problemas. "Além disso, o direito dos anfíbios à conservação deve ser respeitado", continua. "Pegar um anfíbio na mão não causa dano algum ao ser humano: eles não espirram nem cospem veneno e não precisam ser mortos só porque se aproximaram de uma casa ou entraram no banheiro. Basta levá-los de volta para o mato e depois lavar bem as mãos".
Só há problemas quando as substâncias da pele chegam até as mucosas - boca, nariz e olhos - justamente porque são venenos desenvolvidos para afastar predadores e, portanto, agem quando o anfíbio é abocanhado (ou quando alguém põe a mão na boca, depois de manipular o animal). "Os anfíbios não transmitem doenças ou infecões ou 'cobreiros', como se diz popularmente", completa Antonio Sebben. Na verdade, são mais limpos do que gatos e cachorros e não transmitem vírus ou bactérias, como os ratos.

Brasileiras de verde-amarelo -as espécies de Phyllomedusa
Existem cerca de 600 espécies de anfíbios brasileiros, dois terços das quais endêmicas, ou seja, exclusivas do Brasil. A subfamília Phyllomedusinae tem cerca de 20 espécies nativas, quase todas com as cores nacionais estampadas na pele:
Phyllomedusa ayeaye: a perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada, é natural de Minas Gerais e encontra-se criticamente ameaçada de extinção.
Phyllomedusa bicolor: ou sapo-verde é a maior delas, com 12 cm. Algumas etnias indígenas e ribeirinhos da Amazônia utilizam seus venenos como 'vacina', em rituais curativos ou de iniciação. Duas das substâncias encontradas nas secreções - dermorfina e deltorfina - já são produzidas sinteticamente por laboratórios internacionais. 
Phyllomedusa tarsius habita a Amazônia Central e se reproduz em poças d'água, na floresta ou em capoeiras de embaúbas.
Phyllomedusa distincta é uma das espécies mais comuns da região Sudeste. Consegue viver bem em ambientes alterados pelo homem.
Phyllomedusa hypochondrialis é chamada de rã-de-cera. Mede 10 cm e vive em média 10 anos, preferindo a proximidade de bromélias, tanto nas florestas como nos cerrados.
Phyllomedusa tetraploidea mede 4 a 5 cm e vive na Mata Atlântica e matas de interior, das regiões Sudeste e Sul do Brasil até Missiones, na Argentina.
Phyllomedusa vaillantii é natural da Amazônia e do escudo da Guiana. Sua distribuição se estende até o leste do Equador.
Phrynomedusa fimbriata é considerada extinta. Vivia nas matas do estado de São Paulo.
Phasmahyla cochranae é nativa do estado de São Paulo e ocorre nas encostas da Serra do Mar. Os girinos vivem em pequenos córregos encachoeirados, têm a boca virada para cima e se alimentam de partículas em suspensão na água. Dependem da oxigenação, temperatura, sombra e qualidade da água para a sobrevivência.
Phyllomedusa oreades foi descrita há cerca de um ano, vive no cerrado e tem um veneno promissor contra o Trypanossoma cruzi, parasita causador do Mal de Chagas.

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30 Perguntas e Respostas sobre Cobras  Fontes: ypedia.com.br, rotasdeviagem.com.br, bombeiros.ce.gov.br, ufsm.br, cobasi.com.br, peritoanima...